8 de março de 2017

Família vende rifas e quer arrecadar R$ 54 mil para cirurgia de bebê

Pequeno Eduardo precisa de uma cirurgia e família faz rifa para arrecadar R$ 54 mil (Foto: Reprodução/Facebook)
A família do pequeno Eduardo, de apenas nove meses, decidiu vender rifas de um celular para arrecadar R$ 54 mil para uma cirurgia no bebê em São Paulo. A estudante Letícia Lopes Souza, mãe da criança, conta que ele nasceu com uma malformação no uréter, o que causa refluxo e a urina acaba voltando para os rins. Em decorrência do problema, o bebê sofre com constantes infecções e toma antibióticos diariamente. As rifas são vendidas por R$ 5.
Letícia relata que durante a gravidez entrou em trabalho de parto prematuro e precisou ir para Porto Velho (RO). Após uma ultrassom, foi detectado que Eduardo tinha um dilatação nos rins e na bexiga, mas somente após o nascimento a gravidade da malformação poderia ser verificada.
Com apenas oito dias de vida, Eduardo teve uma septicemia - infecção generalizada - e passou 15 dias internado.
Quando saiu do hospital em Porto Velho, o bebê foi encaminhados para Curitiba, onde passou por uma ureterostomia. A barriga dele foi aberta e o uréter retirado para que a urina saísse. O procedimento foi necessário após a descoberta de que o pequeno tinha refluxo vesico ureteral - quando a urina volta para os rins e causa a infecção - mas, após a cirurgia, as infecções continuaram e Eduardo precisa passar por uma nefrectomia.
"O objetivo da cirurgia era justamente aliviar o refluxo para que ele parasse de ter as infecções. O problema permanece, mesmo saindo xixi por dois lugares ainda não aliviou o suficiente. Como ele toma antibiótico todos os dias e as infecções continuam, os remédios estão se tornando resistente e até tentamos internar, mas ele é muito difícil de acesso de veia e não conseguiu ficar todo o tratamento", relata.
Após novos exames, foi detectado que o bebê tem uma duplicidade pieloureteral. A mãe explica que ao invés de ter um uréter em cada um dos rins para levar a urina até a bexiga, o filho possui dois em cada rim. As constantes infecções acabaram causando uma lesão em um dos rins. Por isso, a cirurgia também deve retirar uma parte do órgão para que o restante não seja infeccionado.
"Isso é o que faz a urina voltar para os rins. Como, após a cirurgia, ele não vai ter esse uréter a mais a tendência é acabar o refluxo que causa as infecções e faz ele perder as funções renais", explica.
O procedimento cirúrgico deve ser feito em São Paulo. Porém, como a família ainda não conseguiu o dinheiro, a cirurgia foi pré-agendada para o dia 6 de março. Caso consiga apenas parte do valor, a família pretende viajar e parcelar o restante. Duas pessoas também ofereceram uma rifa para um ensaio fotográfico e um jantar completo em um restaurante de Rio Branco.
"Dependemos disso e também dele não ter nenhuma infecção até a data da cirurgia, pois se estiver doente a operação não vai poder ser feita. Estamos à disposição para qualquer pessoa que queria ajudar, pegar um bloquinho para vender a rifa ou de outra forma. Estamos no aguardo", finaliza.
Quésia Melo, G1

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